Engana-se quem pensa que está seguro em seu emprego porque se formou numa boa universidade, tem fluência em inglês ou está prestes a terminar o MBA. Isso tudo é muito importante, mas não o suficiente.

Características de personalidade que antes eram apenas qualidades bem-vindas passaram a ser determinantes para o sucesso da carreira. O bom profissional hoje tem que ter capacidade de se relacionar bem, desinibição, criatividade, liderança, motivação e principalmente bom humor, porque é mais fácil e barato resolver lacunas de conhecimento do que mudar comportamentos.

Podemos dizer, então, que os ranzinzas e pessimistas estão com seus dias contados no mercado? É provável que sim. Uma pesquisa recente da PriceWaterhouseCoopers, com 173 grandes empresas privadas do Brasil, Chile, Argentina e Colômbia, aponta que estas características estão entre os fatores que mais influenciam o progresso profissional. São as chamadas “competências”. Para 98% delas, o espirito de liderança é tão importante como o conhecimento do negócio. Para 94%, a capacidade de se adaptar a mudanças e a habilidade nas relações pessoais são indispensáveis.

O profissional agressivo, focado em resultados, tão cobiçado nas décadas anteriores, deu lugar a um executivo bem mais humano, que se impõe, cumpre metas e sabe gerenciar conflitos. Sem se estressar. Nem todo estressado é mal-humorado, mas todo mal-humorado é estressado. O humor indica auto-estima. Quem não se gosta, vê as coisas pelo lado negativo, não tem segurança para aceitar desafios e se abala com críticas. Hoje o bom humor se tornou item curricular, temos que ter um trabalho sério e divertido. O senso de humor ajuda os colaboradores a encarar desafios, serem criativos sob pressão, trabalhar com entusiasmo e manter a saúde. Brincar no trabalho quebra a tensão, quando damos conta são sete da noite e estamos inteiros.

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